terça-feira, 26 de abril de 2022

Menopausa: Qual a diferença entre lubrificante e hidratante íntimo?



Em entrevista para o Belezinha.com.vc, a Dra. Patricia Valentini Melo falou sobre lubrificantes e hidratantes íntimos. Confira trecho da publicação:

Patrícia Valentini Melo, ginecologista, obstetra e mastologista em São Paulo, diz que cuidados com vagina e vulva ajudam a prevenir que a região sofra com a diminuição de hormônios que ocorre após a menopausa, por exemplo. “Muitas mulheres podem ter uma perda só da lubrificação natural — que é feita por fluídos secretados por glândulas presentes em regiões como colo do útero e entrada vagina principalmente no momento de excitação. É isso que ajuda a diminuir o atrito na hora da relação, reduzindo sensação de dor e desconforto”, diz. Porém, segundo ela, com o tempo e fatores diversos como alterações hormonais, diminuição dos níveis de progesterona durante a perimenopausa, deficiência nos níveis de testosterona e até estresse, essa lubrificação é afetada.

Lubrificante x hidratante
A especialista explica que hidratante e lubrificante são coisas bastante diferentes. “Os lubrificantes têm uma ação imediata, servem para serem usados logo antes ou durante a relação sexual ou masturbação. A ação deles é tão rápida que, muitas vezes, o produto precisa ser reaplicado, seja na entrada da vagina, no pênis, nos dedos, nos sex toys, enfim, no que a pessoa for utilizar”, diz.

Já o hidratante tem outra função. “A diminuição de estrogênio que acontece na menopausa e perimenopausa, mas também após tratamentos de câncer e, às vezes até no período de amamentação, pode levar a uma perda de elasticidade das camadas da vagina e do sistema urinário que, devido ao processo inflamatório, traz sintomas como ardência, coceira, ressecamento, irritação e que, com o tempo muda totalmente o pH da região, diminuindo a secreção onde moram os lactobacilos e facilitando infecções. Nesses casos, que são diferentes da perda de lubrificação natural, existem muito mais sintomas e é quando os hidratantes, junto com outros tratamentos, podem ser usados”, explica. Essas fórmulas, especialmente as com ácido hialurônico, provocam a hidratação, aumentam a umidade e um maior conforto na região mesmo fora da relação. “Elas formam uma espécie de camada que deixa a parede vaginal mais espessa e possuem um tempo de duração maior, com necessidade de reaplicação de dois a três dias”, continua.

De olho nos rótulos
Em ambos os casos, é preciso ter atenção com os ingredientes das fórmulas. “Substâncias como parabenos e derivados de petróleo, por exemplo, devem passar longe. Corantes, perfumes e sabores (especialmente quando falamos de lubrificantes) também podem ser bastante irritativos”, nos disse a médica.


Dra. Patricia Valentini de Melo
Idealizadora da Choice Medicine, é formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e especialista em mastologia, ginecologia e obstetrícia.

Choice Medicine
Endereço: Rua Joaquim Floriano, 466 - cj 314 Brascan Century Office - Itaim Bibi - São Paulo Telefones: (11) 2165-1077 / (11) 94276-3154
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terça-feira, 19 de abril de 2022

Menopausa precoce: entenda a causa



Temos falado muito em menopausa por aqui e quem nos acompanha já conhece também a importância da perimenopausa, período de transição que antecede a menopausa em alguns bons anos, quando a mulher passa a apresentar aquela conhecida flutuação hormonal que causa uma série de sintomas que a geração 40 + também já conhece (confira posts anteriores). Mas hoje o que preocupa é a idade com que as mulheres modernas estão chegando à menopausa.

A idade média no Brasil varia entre 48 e 52 anos. Mas esses tempos modernos e tumultuados em que vivemos têm gerado uma antecipação de todo o processo, levando a um aumento estatístico do que chamamos de menopausa precoce, que é definida pela última menstruação antes dos 40 anos de idade.

Até recentemente as causas mais comuns de menopausa precoce eram:
* Fatores genéticos
* Cirurgias com retirada dos ovários
* Quimioterapia ou radioterapia para tratamento de cânceres

Mas, hoje percebemos um aumento do número de mulheres cada vez mais jovens desafiando o equilíbrio hormonal.

No nosso organismo, existe uma competição natural entre os hormônios, mas a prioridade sempre será garantir o hormônio da sobrevivência, o rei cortisol. Não é preciso nem dizer o que acontece com as estressadas crônicas, viciadas em cortisol… Vivem no modo “luta ou fuga”, onde a fertilidade não interessa. E o final dessa história é a geração com menos de 40 já apresentando calorões, alterações de humor, irregularidade menstrual e todos os comemorativos de uma menopausa antecipada.

Quando isso acontece, a terapia hormonal é de extrema importância, já que essa mulher vai viver muito mais tempo sem a proteção dos seus hormônios, o que aumenta consideravelmente o risco de doenças cardiovasculares, osteoporose e outras.

Então, permita-se uma pausinha para refletir sobre as próprias escolhas. Escolha a mini PAUSA diária, antes que a menoPAUSA escolha vocês!


Dra. Patricia Valentini de Melo
Idealizadora da Choice Medicine, é formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e especialista em mastologia, ginecologia e obstetrícia.

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quarta-feira, 13 de abril de 2022

O que é saúde para você?

A Dra. Patricia Valentini de Melo deu dicas sobre qualidade de vida e saúde em live da Unaccam. Confira o vídeo completo: 



Dra. Patricia Valentini de Melo

Idealizadora da Choice Medicine, é formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e especialista em mastologia, ginecologia e obstetrícia.

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Menopausa: Tratamentos naturais




Infelizmente, algumas mulheres realmente não podem fazer terapia de reposição hormonal. Mas, seja por histórico de câncer de mama ou outras condições de saúde, é importante sempre conversar com seu médico para entender qual o melhor tratamento para você. Afinal, a boa notícia é que existem várias alternativas. Tratamentos naturais, como fitoterapia, aromaterapia, acupuntura, práticas corpo/mente, entre outros costumam ter excelentes resultados. Yoga, meditação, tai chi chuan e massagens melhoram muitos sintomas, aliás muito mais do que podemos imaginar, principalmente calores e insônia.

Chá de banana também ajuda na insônia (colocar uma banana orgânica inteira, com casca, para ferver por 5 minutos e tomar o chá antes de dormir é ótimo). A casca de banana é riquíssima em magnésio e uma das funções desse mineral é acalmar e proporcionar um sono de qualidade.

Na categoria dos fitoterápicos temos vários exemplos: Cimecifuga racemosa ajuda nos calores, Angélica e Vitex agnus castus nas alterações de humor, irregularidade menstrual e inchaços. Ainda temos a Maca peruana, a Mucuna pruriens, o Tribullus terrestris, que são plantas adaptógenas e podem ajudar na energia, na libido e na lubrificação, pois modulam a testosterona e a dopamina. A maca peruana é encontrada a granel e pode ser usada em sucos, shakes e massas de panqueca. Mas todos eles podem ser usados na forma de extrato em cápsulas, com doses individualizadas.

O óleo de coco é um produto natural excelente para ressecamento vaginal. Rico em ácido cáprico e caprílico funciona como antifúngico e bactericida, melhorando a flora vaginal, além de lubrificar (não usar com camisinha).

Dra. Patricia Valentini de Melo
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terça-feira, 5 de abril de 2022

Menopausa: O que muda na microbiota vaginal?


O que muda na microbiota da vagina na peri e pós menopausa? Confira trecho do texto da SHEt com informações passadas pela Dra. Patricia Valentini Melo:

Chamado de microbiota vaginal, esse ecossistema é composto quase que inteiramente por lactobacilos, uma espécie de “bactéria do bem”. “Eles são responsáveis por produzir ácido láctico e, assim, manter a acidez na vagina”, explica a ginecologista e mastologista Patricia Valentini Melo.

Os problemas começam quando, durante a perimenopausa - período em que se inicia a transição para a menopausa - e após a menopausa, a quantidade de estrógeno começa a cair no corpo feminino. “Como essa microbiota é totalmente dependente do hormônio, ela começa a entrar em colapso”, explica Dra Patrícia.

Dá para resolver?

De acordo com a Dra. Patrícia Valentini,  "o tratamento mais recomendado para amenizar o problema é a reposição hormonal, que pode ser feita por meio de creme (uso tópico) ou transdérmico". Essa estratégia se mostrou benéfica mesmo que em doses pequenas, como mostrou um estudo publicado na revista científica Nature.

Para as mulheres que não podem fazer reposição, como as que tiveram câncer de mama, o recomendado é partir para outros tratamentos como a laserterapia fracionada e o uso de lactobacilos para repovoar a microbiota vaginal.

“É importante também que a mulher melhore o estilo de vida, tenha uma alimentação saudável e pratique exercícios físicos, pois isso ajuda a manter o sistema imunológico funcionando e garante uma microbiota mais equilibrada”, afirma a especialista.

Mais dicas sobre o que fazer e como lidar com a vida sexual nessa fase estão neste link: texto da SHEt.

Dra. Patricia Valentini de Melo
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