terça-feira, 6 de setembro de 2022

Perimenopausa ou depressão?



Compartilhamos texto da SHEt sobre perimenopausa e depressão, que conta com explicações da Dra. Patricia Valentini Melo:

"Desânimo, confusão mental, não se reconhecer nos próprios sentimentos são sintomas da depressão mas também da perimenopausa", avalia a ginelcologista e mastologista Patrícia Valentini, pós-graduada em Saúde Integrativa pelo Hospital Albert Einstein e colunista SHEt. "E muitas serão tratadas assim porque desconhecem o que é essa fase", afirma.

Segundo ela, essas mulheres podem acabar sendo tratadas com antidepressivos sem necessidade. "É claro que, numa crise depressiva, a pessoa precisa ser resgatada com esses medicamentos", afirma. "Porém, na perimenopausa, mudanças no estilo de vida da mulher, como melhorar alimentação e prática de atividade física, já conseguem gerar mudanças e melhorar os sintomas", diz.

Para a médica, seria importante avaliar nessas pacientes marcadores hormonais e inflamatórios, bem como analisar o estilo de vida, a qualidade do sono e a alimentação, para só então promover um tratamento integrado mais amplo.

Conhecimento ajuda no planejamento

Pouco falada, a perimenopausa ainda não é conhecida de todas as mulheres. Muitas, inclusive, "esquecem" desse momento e não conseguem associar as mudanças no próprio corpo com a proximidade do fim da menstruação.

A própria Patrícia conta que, antes da menopausa, experimentou um grande desânimo, falta de energia e fadiga. "Fiz 40 e fiquei cansada, abandonei academia e achei que estava cansada pela idade", relembra.

Ela só se deu conta de que estava vivendo a perimenopausa dois anos depois, quando a menstruação de fato parou de vir. "Aí eu entendi que aqueles sintomas não eram da idade, ou do estresse, já que eu era uma mulher que queria fazer tudo, dar conta de tudo", diz.

A médica reforça, no entanto, que é importante tentar acompanhar o próprio corpo para ver os sinais e, dessa forma, conseguir se planejar. "Se eu quisesse ter filhos, eu não teria tido tempo para isso, então acredito que é importante a mulher se conhecer para conseguir se planejar", afirma.



Dra. Patricia Valentini de Melo
Idealizadora da Choice Medicine, é formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e especialista em mastologia, ginecologia e obstetrícia.

Choice Medicine
Endereço: Rua Joaquim Floriano, 466 - cj 314 Brascan Century Office - Itaim Bibi - São Paulo Telefones: (11) 2165-1077 / (11) 94276-3154
E-mail: choice@choicemedicine.com.br

Menopausa: dicas para o sono




A Dra. Patricia Valentini Melo escreveu sobre a importância da suplementação na menopausa para o blog da SHEt. Confira:

Você valoriza o seu sono? Já parou para pensar sobre a importância dele na sua saúde?

Pois saiba que o sono é um mecanismo complexo e natural para reparar as nossas células e sistemas e por isso é considerado o 1º e mais importante pilar da vida saudável.

Dormir pouco causa sérios danos à saúde, como por exemplo o desequilíbrio no sistema neuro-endócrino-imunológico que leva ao envelhecimento, além de alterações de humor, perda de memória, pressão alta, diabetes, obesidade e aumento do risco para infarto e derrame (AVC).

Isso é muito sério!!!

O problema é que a tendência à insônia aumenta naturalmente com a idade, devido ao declínio na produção de melatonina. E, nas mulheres, ainda existe um fator agravante conhecido como climatério, quando se instala o desequilíbrio hormonal pela queda na produção de estrogênios e progesterona, que são hormônios associados à regulação do nosso sono.

E não é só isso! No período de transição para a menopausa, o desequilíbrio hormonal se intensifica e nos torna vulneráveis às alterações de humor, depressão, ansiedade, suores, fogachos e problemas urinários, que podem acontecer à noite e perturbar ainda mais o sono.

A insônia é um problema sério e não deve ser tratada com descaso.

Se não tomarmos providências, a insônia eventual pode se transformar em crônica. É o que chamamos de insônia aprendida e perpetuada. Aí os danos serão ainda maiores e o nosso relógio biológico poderá estar em risco.

Para evitarmos esse processo, antes de mais nada, recomendamos a higiene do sono, que é uma técnica descrita já há algum tempo, sem medicação, com resultados excelentes e que deve ser incorporada ao dia-a-dia, independente de qual seja a opção de tratamento.

Os casos de ansiedade leve, típicos do climatério, que dificultam pegar no sono podem ainda ser resolvidos com o uso de calmantes naturais, fitoterápicos, na forma de chás ou tinturas vegetais como Valeriana, Mulungu, Melissa, Erva de São João, Passiflora, Avenna sattiva e até chá de banana, por ser rico em magnésio.

Práticas complementares como Acupuntura, Yoga, Meditação, Reiki, Massagens, Aromaterapia (óleos essenciais de lavanda e verbena, por exemplo) ou a prática diária de exercícios físicos são fundamentais para prevenir as alterações de humor e promover o bem-estar e o sono.

A suplementação de nutrientes, melatonina e/ou reposição hormonal em casos específicos trazem excelentes resultados, particularmente se os calorões estiverem presentes.

O uso esporádico de medicamentos para dormir até pode estar indicado, dependendo da necessidade individual de cada um, mas os populares soníferos (benzodiazepínicos) não são mais receitados para a insônia típica do climatério. Se isso acontecer, o ideal seria usar uma vez ou outra e, mesmo assim, os mais leves, com menor potencial de causar dependência.

Diante de um quadro de ansiedade mais intenso, em que a insônia parece caminhar para a forma crônica, podemos considerar a indicação de um tratamento psicoterapêutico e o uso de anti-depressivos, mas não sem antes tentar os métodos mais naturais citados anteriormente.


Dra. Patricia Valentini de Melo
Idealizadora da Choice Medicine, é formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e especialista em mastologia, ginecologia e obstetrícia.

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Endereço: Rua Joaquim Floriano, 466 - cj 314 Brascan Century Office - Itaim Bibi - São Paulo Telefones: (11) 2165-1077 / (11) 94276-3154
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