Na semana passada, falamos sobre a queda da progesterona. Entre os 45 e 55 anos, os estrógenos também entram em declínio, causando os conhecidos fogachos, ondas de calores insuportáveis, acompanhadas de sudorese, que nos acordam várias vezes durante a noite, atrapalhando o sono e causando aquele cansaço no dia seguinte.
Aparecem também o mau humor; atrofia vaginal que torna a vagina seca, sensível e ardida; perdas de urina e infecções urinárias de repetição; baixa da energia, fadiga crônica; ganho de peso (a deficiência de estrógenos leva a aumento da resistência insulínica); pele, olhos e mucosas secas; piora dos quadros de depressão; irregularidades do ciclo e, finalmente, a parada do fluxo menstrual, com intensificação progressiva dos sintomas.
A lista é enorme e só quem passou por isso sabe avaliar o quanto impacta na qualidade de vida pessoal e do casal. Efetivamente, não conseguimos mais ser quem sempre fomos. Difícil, né?!
Essa fase é conhecida como pré ou peri-menopausa. A MENOPAUSA propriamente dita acontecerá só após 1 ano sem menstruar.
Todos esses distúrbios precisam ser tratados, porque, além de prejudicar nossa qualidade de vida, hoje são considerados, pelos estudos científicos, verdadeiros MARCADORES DE RISCO PARA DOENÇAS CRÔNICAS no futuro, principalmente as cardiovasculares.
Com um tratamento adequado esses sintomas desaparecem em pouco tempo e você poderá desfrutar de uma vida plena, além de se prevenir contra as tais doenças crônicas (confira detalhes nos próximos posts).
- A terapêutica pode ser hormonal individualizada ou com fitoterapia que mimetiza a ação dos hormônios verdadeiros.
- O controle dos calorões e da insônia também pode ser feito com terapias complementares como acupuntura, meditação, ioga, tai chi...
Se você estiver passando por essa fase, procure seu ginecologista de confiança. Ele saberá como conduzir a situação para melhorar os sintomas e avaliar se você pode ou deve receber a reposição hormonal ou outro tratamento individualizado. Só não caia no “complô” da demonização dos hormônios, que é um grande desserviço à saúde.
Idealizadora da Choice Medicine, é formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e especialista em mastologia, ginecologia e obstetrícia.
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