Perder os hormônios na menopausa não é tão simples assim. Afinal, são eles os principais responsáveis pela nossa sobrevivência. Por isso, ATENÇÃO, os efeitos das deficiências hormonais no longo prazo não devem ser subestimados.
Abaixo coloco as principais consequências tardias :
- Perda de massa óssea (osteopenia e osteoporose);
- Atrofia urogenital;
- Aumento do risco cardiovascular (por aumento de substâncias inflamatórias, que favorecem a formação de placas de ateromas nos vasos sanguíneos e aumento do colesterol);
- Perda cognitiva (memória) e Alzheimer.
A expectativa de vida hoje no Brasil é de 75 anos. Estamos vivendo mais e sem qualidade de vida. As doenças que mais matam as mulheres são as cardiovasculares (infartos e AVCs ou derrames). Estudos científicos atuais mostram que os FOGACHOS e as VVAs (atrofia vulvovaginal, em inglês) são marcadores clínicos dessas doenças no futuro. Mas, mesmo naquelas mulheres com poucos sintomas, o tratamento deve ser feito.
A terapêutica pode ser hormonal com estrogênios, progesterona e testosterona bioidênticos e transdérmicos ou com fito-hormônios que mimetizam a ação dos hormônios. O controle dos calorões também pode ser feito com terapias complementares como acupuntura, meditação, ioga, tai chi, entre outras.
Antes de iniciar o tratamento hormonal, é imprescindível realizar uma investigação rigorosa feita pelo médico. Cada caso deve ser individualizado. Por isso, converse com seu ginecologista, faça os exames necessários e inicie um programa de estilo de vida saudável.
Dra. Patricia Valentini de Melo
Idealizadora da Choice Medicine, é formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e especialista em mastologia, ginecologia e obstetrícia.
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