quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Outubro Rosa: Tire suas dúvidas sobre o câncer de mama


Outubro Rosa é uma campanha de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama, que é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma. Responde por cerca de 28% dos casos novos a cada ano. Tire suas dúvidas sobre a doença com as informações coletadas do site do Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva) e os esclarecimentos da Dra. Patricia Valentini de Melo:

Fatores de risco

O câncer de mama não tem somente uma causa. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos). Outros detalhes que aumentam as chances de desenvolver a doença são:

Fatores endócrinos/história reprodutiva: menarca precoce (primeira menstruação antes dos 12 anos), menopausa tardia (após os 55 anos), primeira gravidez após os 30 anos, nuliparidade (não ter tido filhos), não ter amamentado, uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progestagênios sintéticos) e terapia de reposição hormonal pós-menopausa, especialmente por mais de cinco anos, caso os hormônios usados forem os estrógenos conjugados e progestágenos (hormônios sintéticos por via oral), o que praticamente não ocorre quando se usa os hormônios bioidênticos transdérmicos. 

Fatores comportamentais/ambientais: Consumo de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade após a menopausa, sedentarismo e exposição frequente a radiações ionizantes (tipo de radiação presente na radioterapia e em exames de imagem como raios X e tomografia computadorizada). 

Fatores genéticos/hereditários - História familiar de câncer de ovário; casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos e em parentes de primeiro grau, como mãe e irmã; história familiar de câncer de mama em homens; alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.

A presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher necessariamente terá a doença.

Sintomas

O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas:

- Nódulo (caroço) fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher.

- Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja.

- Alterações no bico do peito (mamilo).

- Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço.

- Saída de líquido anormal pelo mamilo (bico do seio), principalmente com sangue ou do tipo transparente.

Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados, porém podem estar relacionados a doenças benignas da mama.

Diagnóstico

O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim as chances de tratamento e cura. Quando as mulheres conhecem bem suas mamas e se familiarizam com o que é normal para elas, podem estar atentas a essas alterações e buscar o serviço de saúde para investigação diagnóstica.

A orientação atual é que se faça a observação e a autopalpação das mamas sempre que se sentir confortável para tal (no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem necessidade de uma técnica específica de autoexame, em um determinado período do mês, como preconizado nos anos 80. 

A detecção precoce do câncer de mama pode também ser feita pela mamografia, quando realizada em mulheres sem sinais e sintomas da doença. A recomendação da SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia) é que se faça a mamografia anual a partir dos 40 anos, porém no SUS (Sistema Único de Saúde) a mamografia é ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos.

A mulher que tem risco elevado de câncer de mama deve conversar com o médico para avaliar a particularidade de seu caso e definir a conduta a seguir. Fazem parte desse grupo as pessoas com os seguintes históricos de câncer em familiares consanguíneos: vários casos de câncer de mama, sobretudo em idade jovem; histórico de câncer de ovário; histórico de câncer de mama em homem. 

Tratamento

O prognóstico do câncer de mama depende da extensão da doença, assim como das características do tumor. Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. Quando há evidências de metástases, o tratamento tem por objetivos principais prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.

As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em:

- Tratamento local: cirurgia e radioterapia (além de reconstrução mamária) 

- Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica

Outros dados

- O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.

- Existem vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem de forma rápida, outros, não. A maioria dos casos tem bom prognóstico.

- Cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos

- O câncer de mama de caráter genético/hereditário corresponde a apenas 5% a 10% do total de casos da doença.

Dra. Patricia Valentini de Melo
Idealizadora da Choice Medicine, é formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e especialista em mastologia, ginecologia e obstetrícia.

Choice Medicine 
Endereço: Rua Joaquim Floriano, 466 - cj 314 
Brascan Century Office - Itaim Bibi - São Paulo 
Telefones: (11) 2165-1077 / (11) 94276-3154
E-mail: choice@choicemedicine.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário